EXPERIÊNCIAS DE QUASE MORTE

          O título desta narrativa (EQM), é fruto de uma pesquisa com referência a um médico chamado Steven Laureys.  Esse médico é um neurologista belga, no hospital universitário na cidade de Liège (Bélgica).  É um estudioso da Ciência do Coma, e já dialogou com mais de 400 pacientes que despertaram daquele estado de coma, de modo que todos ficaram impressionados com suas estórias sobre "viagens", durante experiências de quase morte.

          Esse médico lidera uma equipe composta por cientistas do Grupo de Ciência de Coma e Psicologia Cognitiva do University Research Uni.  O Dr. Steven Laurey disse à CNN - Cable News Network (Rede de Notícias a Cabo), que os pacientes em terapia intensiva, muitas vezes têm receio de contar suas estórias de quase morte, com medo de que as pessoas não levem a sério os seus relatos, mas essas pessoas que vão nessas "viagens astrais" mudam seu estado (pós coma) para sempre, por já não temerem mais a morte.

          O mais interessante, segundo o Dr. Laureys, é que essas estórias têm elementos em comum, isto é, são os mesmos, ou muito semelhantes aos de outros pacientes.  Mas o Dr. Laureys prefere não misturar essas experiências com religião.  Ele não quer especular sobre a existência de um mundo espiritual, mas a maioria das estórias dos pacientes é edificante e mais parece que as pessoas vão para o "céu" e não para o "inferno".  Apenas uma pequena minoria dessas experiências de quase morte, são horríveis.

Um caso narrado pelo Dr. Laureys:

          Para uma certa moça, o dia parecia perfeito.  Ela andava pela calçada, ouvia o cantar dos pássaros, olhava o céu azul e sentia na pele o calor do sol.  Era primavera, uma temperatura amena.  Distraída com tanto encantamento, ao atravessar a rua, a jovem não percebeu um caminhão que vinha na sua direção.  De repente, uma buzina e o barulho dos freios para evitar o atropelamento, mas foi em vão.

          A moça voou pelos ares com a violência do impacto, e ela sentiu que tudo foi desaparecendo rapidamente até que tudo se tornou escuro.  Por um lapso de consciência ela sabia que sua vida estava por um fio.  Mas, num momento de aparente lucidez, ela própria viu seu corpo estendido no chão, com gente em volta gritando!  Uma luz surge, e ela começa a seguir essa luz de um túnel, para um lugar onde as cores e os sons lhe parecem muito reais, cheio de flores, e ela sentiu-se no paraíso, e queria viver ali.

          Semanas depois desse trágico acontecimento, ela acordou monitorada por máquinas que emitiam "bips" vindos de um aparelho ao lado da sua cama no hospital.  Sua cabeça girava, sem saber onde estava, mas com as lembranças presentes no lugar onde estivera antes, nos minutos finais da sua vida agora despertada.  É aqui que começa outra viagem:  a da pesquisa científica do Dr.Laureys.

Finalizando:

         Há um vídeo do Dr. Steven Laureys, em que ele dá uma palestra para um grande número de pessoas.  Nessa palestra, ele explica o funcionamento do cérebro.  É muito interessante.  Quem tiver curiosidade de assistir, poderá acessar o link: 

_{https://cronicasestoriaskohn.blogspot.com.br}

_{Observação:}

          _{Nesse Blog, conforme o link acima, existem dois títulos: "FROM BRAIN TO CONSCIOUSNESS", que é totalmente em inglês, para quem tiver facilidade nesse idioma.  Mas, há também outro título: "DO CÉREBRO À CONSCIÊNCIA", que nada mais é do que uma tradução escrita eessa mesma palestra.} 

_{Mas agora, relativo a este assunto, "Experiências de Quase Morte, vamos ver um outro vídeo, que é também interessante. - Vejam:}

A VIDA CONTINUA

          Certa vez, uma mulher foi procurar os conselhos de um sábio.  Chorando e soluçando, contou-lhe todo o seu drama:  que seu único filho a abandonara, que o seu marido havia morrido, que ela estava só no mundo, e não conseguia sequer um emprego.  Ela estava muito deprimida, e não tinha mais nenhuma esperança.  Sua vida estava acabada.  Era assim que ela se sentia. 

          Ela perguntou ao sábio: -  "Por que a minha vida e a minha felicidade foi interrompida dessa forma?"  O sábio estava caminhando com essa mulher pela floresta, e ouvindo calmamente a sua estória.  Nessa caminhada, num dado momento, o sábio pegou no chão uma semente, e disse para a mulher:

          - "A resposta está aqui, nesta pequena semente.  Veja bem, você é esta semente.  Esta semente, tão pequena e insignificante, está jogada no chão, e parece que não serve para nada".  A mulher ouvia, e de fato, sentia-se insignificante como aquela semente jogada fora.  Mas o sábio continuou:

          Preste atenção no que vou lhe dizer:  - "Esta semente,  jogada no chão, em algum momento as chuvas vão enterra-la, e depois de algum tempo, dela vai brotar uma pequena plantinha, que depois vai crescer até se tornar uma grande árvore, que vai dar flores e frutos para a vida dos animais, dos pássaros e até para nós mesmos. 

          Depois de viver assim muito tempo, um dia essa árvore vai morrer, mas a sua vida não terá terminado.  A árvore servirá de adubo para outras árvores, que vão nascer, crescer, dar frutos.  Assim, a semente vira plantinha, que vira árvore, e depois mais árvores e assim seguirá eternamente, no ciclo universal da vida.  A mulher, sentindo-se mais confortada, continuava ouvindo com atenção o ensinamento do sábio.

          Ele continuava: - você, minha querida, é esta semente.  O ser humano nada mais é do que uma semente, que aguarda a gestação de outras vida.  Não apenas uma vida, mas muitas vidas nascendo e renascendo até o infinito.  Agora, você é apenas uma semente, mas mesmo se você cair no solo e for enterrada, ou finalmente morrer, não vai terminar.  Não há fim para coisa alguma em todo o Universo. É a lei da vida: tudo que morre renasce.  Pensamos que a vida termina, mas é porque não podemos ver o que vem depois.  O ser espiritual que somos, nunca termina.

          Sempre que você acreditar que a sua vida terminou, lembre-se:  você é uma semente.  Sua verdadeira vida ainda nem começou.  O ser humano é uma semente de Deus, que guarda em si toda a essência divina que vai desabrochar, assim que for regada pela compreensão da verdade.  A vida não acaba, a vida continua.  NAMASTÊ.

PÓS VERDADE

          Embora não seja muito frequente, de vez em quando vemos nos jornais ou na TV, alguém falando em "Pós Verdade".  Esse termo, é uma expressão, digamos, "elegante" que entrou para o vocabulário jornalistico com referência ao mundo político.  Trocando em miúdos, significa um questionamento.  Melhor seria, usar uma expressão latina "Ubi Veritas" (Onde está a Verdade?).

          Mas, essa "Pós Verdade", não é tão simples assim, pois trata-se de uma maquiagem sutil da verdade nua e crua.  Essa Pós Verdade desvaloriza a verdade objetiva atestada pelos fatos e a justiça por argumentos contraditórios e subjetivos.  É uma técnica que somente políticos "escovados" (espertos), sabem utilizar para enganar o povo e preservar seus próprios interesses.  Podemos observar essa artimanha diariamente nos noticiários do nosso dia a dia.

Vou contar uma pequena estória que ilustra muito bem essa questão:

          ... Eram duas personagens femininas.  Uma se chamava VERDADE, e a outra se chamava ALEGORIA.  A Verdade sempre se aproximava dos homens sem roupas, isto é, completamente nua e sem pudor.  Por isso, todos viravam-lhe as costas.  Resumindo, a Verdade não era bem vinda entre as pessoas.  Por esse motivo, ela estava sempre triste, sentindo-se desprezada. 

          Mas, um belo dia a Verdade encontra-se casualmente com a Alegoria, que estava trajando um belo vestido colorido.  Entre essas duas personagens, inicia-se o seguinte diálogo:

- Verdade!  Minha querida amiga, por que você está tão triste?  (Pergunta a Alegoria):

-  Porque acho que sou muito feia, pois todos fogem de mim (respondeu a Verdade);

Ora, que bobagem (respondeu a Alegoria); não é por isso que os homens te evitam; tome, vista algumas das minhas roupas e verás o que te acontece.  Então, a Verdade vestiu algumas das lindas roupas coloridas da Alegoria, e aconteceu um verdadeiro milagre:  por toda parte onde ela passava era muito bem recebida.  Foi então que a Alegoria lhe contou o segredo: 

- O que acontece, amiga, é que os homens não gostam de encarar a Verdade nua e crua;  eles preferem a Verdade disfarçada. 

Conclusão:

          Essa estória lembra o caso do "impeachment" da Dilma Rousseff, quando vários parlamentares tentavam justificar dizendo que ela (Dilma) não havia cometido nenhum crime de responsabilidade.  Mesmo assim, ela foi deposta, pois não foi possível "ocultar" a verdade como se pretendia.  Cansamos de assistir às técnicas usadas para maquiar a verdade (mentir). 

          Não obstante o desfecho bem sucedido para o impeachment da Dilma, essa malograda "peça teatral", digamos assim, serviu para aperfeiçoar ainda mais, as técnicas dessa "Pós Verdade" que não é outra coisa senão uma tentativa de enganar e de mentir.  Felizmente, hoje em dia tudo é passível de verificação;  portanto, não é fácil mentir.  Somente o Lula não aprende essa lição:

"Não há mentida que dure para sempre, e nem verdade que não venha à tona".