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VIDA DEPOIS DA VIDA


Vila além da vida

          "Que buscas homem, perdido no mar das recordações...? - Escuto um eco sentido, das passadas ilusões.  - Que buscas, homem?  - Procuro através da imensidade, ler a doce realidade das ilusões do futuro" (poema, de Machado de Assis).  Depois, em outro título, "Críticas Teatrais", esse mesmo autor, M. Assis, escreveu: "A vida é uma ponte lançada entre duas margens de um rio: de um lado, aqui estamos, e de outro, a eternidade.  Se a eternidade é de vida real não sei, nem quero me aprofundar nisso".


          Muito bem.  Machado de Assis prossegue em sua extensa obra, que não cabe nesta compacta dissertação.  Mas a sua "ponte", é uma figura perfeita.  É sobre a travessia dessa ponte que vou desenvolver o meu trabalho de pesquisa: VIDA DEPOIS DA VIDA. 

          "EQM = Experiência de Quase Morte".  Essa expressão, foi criada em 1975 por Raymond Moody, psiquiatra, psicólogo e parapsicólogo natural de Porterdale, Geórgia, Estados Unidos.  O Dr. Raymond é conhecido autor de vários livros sobre a vida depois da morte e experiências de quase morte.  O título do seu livro mais vendido é: Vida Depois da Vida.

          Essa expressão, EQM, é amplamente conhecida na medicina, principalmente na psiquiatria, para definir uma forma de consciência transcendental, quando uma pessoa se encontra em um estado fisiológico extremo.  A pessoa sofre, por exemplo, um acidente grave, e entra em coma.  A seguir para de respirar, o coração para de bater e a pessoa é considerada clinicamente morta.  Sendo assim, ela entra num estado profundo de consciência transcendental.

          Muitas pessoas assim, já estiveram no limiar da morte, porém, milagrosamente retornaram à vida. Quando essas pessoas retornam desse estado de consciência, elas relatam uma estória muito impressionante de sua experiência fora do corpo.  Elas afirmam ter sido transportadas para outra dimensão de sua existência.  Essas estória ou relatos, coincidem entre si, pelas pessoas que se passaram por essa experiência de EQM.

Os relatos:
            As pessoas contam sempre a mesma estória vivida fora do corpo: passam por um túnel em direção a uma luz, e podem ver seus entes queridos já falecidos.  Algumas pessoas contam inclusive terem visto médicos e enfermeiros cuidando de pacientes nesse plano "astral" (normalmente interpretado como céu). 

           Segundo o Centro de Pesquisa de experiências fora do corpo, em Los Angeles, EUA, mais de 8 milhões de pessoas já relataram suas experiências de EQM, quando a pessoa está clinicamente morta, ou numa situação em que a morte é provável ou esperada. 

            Quando as pessoas voltam dessa experiência, elas praticamente são unânimes em afirmar que já não temem mais a morte.  Para aqueles que pensam em seus entes queridos que já se foram, essas pessoas afirmam que "nós os veremos novamente".

          Isto quer dizer:  aquilo que chamamos vida (terrena) é somente uma pequena parte de um bem muito maior.  No instante da morte, nossa consciência, de alguma forma é transmitida para um estado de realidade muito maior e muito mais fascinante e bonito.
Sam Parnia
          Existe um médico britânico, pesquisador, chamado Sam Parnia, (foto acima), que é professor de medicina na University School Stony Brook, onde também é diretor de pesquisa em ressuscitação cardiopulmonar. (Vejam o vídeo sobre este assunto).  Esse médico é conhecido por seu trabalho em experiências de quase morte (EQM).

Uma declaração de Sam Parnia:

          "O que nós estudamos, não são as pessoas que estão perto da morte... Nós estudamos pessoas que objetivamente morreram.  E, portanto, o que temos entendido é que a experiência que essas pessoas têm é a de ir além do limiar da morte, entrando no período após a morte para as primeiras dezenas de minutos ou horas de tempo, fornecendo-nos assim, uma indicação de que estamos todos propensos a experimentar o que acontece quando passamos pela morte".

          O Dr. Sam Parnia, também é autor de um livro intitulado "O que acontece quando morremos". Trata-se de um estudo sobre a vida após a morte.  Nesse livro, o Dr. Sam nos fornece um relato de suas primeiras pesquisas no fascinante mundo das experiências de quem esteve a um passo de se encontrar com a morte, mas voltou para nos contar como é, e o que acontece (no além).

          Alguns cientistas dizem, em teorias, que todos esses relatos não passam de alucinações do cérebro pela falta de oxigênio ou qualquer distúrbio mental, e sendo assim, a viagem para fora do corpo poderia ser explicada como um fenômeno mental também... Segundo essa crítica, todas as sensações de espiritualidade que sentimos ocorrem na mente.  Mas, e as sensações reais, ocorrem onde?

          O Dr. Parnia procura em seus estudos, elucidar a questão.  Se existisse um consenso para o fenômeno, não haveriam tantas explicações propostas por muitos especialistas incrédulos.  Portanto, o Dr. Parnia vai fundo nessa questão e pondera:

          "Do ponto de vista médico, a falta de oxigênio é um problema corriqueiro num hospital.  Cuidei de mais de 100 pacientes com falta de oxigênio.  Quando os níveis caem, os pacientes ficam confusos e bastante agitados.  Esse estado agudo de confusão, como é conhecido na medicina, é muito diferente da experiência de quase morte." 

Relatos infantis:

          O Dr. Parnia descreve vários relatos de crianças que passaram por essas experiências de EQM, com idade de 6 meses de vida.  "Esses são para mim, os relatos mais impressionantes.  Em muitos desenhos feitos posteriormente, é possível ver que a criança reproduz a situação de ver a si próprio fora do corpo, em outro corpo, e de se encontrar com outros seres ou pessoas (gente morta) como elas mesmo relatam posteriormente."

Fé religiosa:

          Ter fé, significa acreditar, ou estar convicto de algo, mesmo sem ter presenciado por uma experiência do tipo, EQM.  Assim, de acordo com a nossa fé cristã, e de acordo com o Evangelho de Cristo, acreditamos que a nossa vida continua após a morte.  Acreditamos na alma, acreditamos que somos seres espirituais em um corpo físico, e que jamais seremos ou nos transformaremos apenas em "comida para as minhocas".

          Em outro Blog, CRÔNICAS DE GUILHERME KÖHN (CRÔNICAS 2), publiquei uma postagem sobre uma psiquiatra suiça, Elisabeth Kübler, especializada na investigação de reações humanas ante a morte, investigações essas, que também a convenceram de que a vida continua depois do túmulo.  Vale a pena ver essa postagem.

          De acordo com a Dra. Elisabeth, nas suas declarações, entre outras, ela explica que:  "as pessoas realmente religiosas, que mantêm um relacionamento permanente com Deus, enfrentam a morte com muito mais naturalidade". A propósito, assisti um caso assim em minha família.  Vou contar como foi:

          Minha avó, Martha Binder Köhn, alemã, era Protestante da Igreja Luterana (fundador Martin Luther), e ela conhecia profundamente a Bíblia, embora ultimamente não frequentasse a sua Igreja (inexistente no Sul de Minas, onde morava).  Mas o fato é que ela morreu muito serenamente, aos 96 anos, nos braços do seu filho que mais a estimava, chamado Carlos Köhn.  E eu, sou testemunha ocular desse fato.

Conclusão:
          Para finalizar esta dissertação, vou transcrever uma fala do paraibano, Ariano Suassuna, dramaturgo, poeta e professor (1927 - 2014): "Ou existe Deus, ou a vida não tem sentido nenhum.  Bastaria a morte.  Deus é uma necessidade.  Se eu não acreditasse em Deus, eu era um desesperado".

          Suassuna merece o nosso respeito e o nosso aplauso por palavras tão sábias.  "Tiro o meu chapéu" para esse homem, pois assim como ele, eu também acredito em Deus, e acredito na VIDA DEPOIS DA VIDA.
Vida além da vida

MUITO ALÉM DA MATÉRIA


Wilhelm

                  Gosto de escrever.  Gosto de contar estórias.  Gosto de ler a Bíblia.  Gosto de ler sobre assuntos interessantes.  Quando escrevo, são minhas Crônicas, minha Estórias vividas ou não. Conversas simples, ou memórias, sentimentos e pensamentos.  Às vezes, escrevo por pura inspiração sobre um assunto qualquer.  Quando me falta inspiração, sobram assuntos para uma pesquisa. 


          De um assunto, faço uma resenha, direcionando um foco no possível leitor desse trabalho escrito, mesmo que ele (o leitor) não leia.  Nesse caso, o leitor sou eu mesmo.  Eu escrevo para mim, para ver se eu mesmo me entendo.  É complicado isso? Coisa de louco? Mas eu sou isso, ou seja, aquilo que ninguém vê.  Machado de Assis me entenderia, mas ele já morreu faz tempo, não obstante o seu espírito continue me inspirando.  Vou parar por aqui e resumir um trabalho decorrente desta matéria pesquisada: "MUITO ALÉM DA MATÉRIA".

          A Psicologia, estuda o comportamento humano, e seus processos mentais.  É a nossa Psique (alma) + Logos (vem do grego, significa palavra, ou verbo).  A Parapsicologia, estuda os fenômenos sobrenaturais, os aspectos paranormais da mente humana, e outros fenômenos tais como:  a telepatia, a percepção extra-sensorial, clarividência, etc.  A parapsicologia também estuda outros fenômenos que se apresentam como inexplicáveis.

          Existiu um parapsicólogo holandês, famoso na sua época, chamado Wilhelm Heinrich Carl Tenhaeff (1894 - 1981), que se dedicou à psicologia desde os seus 17 anos, conforme conta a sua história.  Ele dedicou toda a sua vida a esse estudo.  Ele foi o responsável pelo reconhecimento científico da Parapsicologia como disciplina.  Ou seja, a Parapsicologia como ciência. 

          Conta a história desse homem, que em Julho de 1975 reuniu-se em Gênova, Itália, uma Convenção internacional de Parapsicólogos, liderada por Wilhelm Tenhaeff.  Nessa oportunidade, um casal de cientistas da União Soviética, os Kirlian, apresentaram um aparelho de alta frequência que, ultrapassando a barreira da matéria, permitiu a visualização da parte imaterial de um ser vivo. 

          Após estudos dessa máquina (câmera Kirlian) por outros cientistas, a conclusão foi fascinante: o que a câmera visualizava era o corpo espiritual de um ser vivo, semelhante ao plasma (quarto estado da matéria), composto de elétrons, prótons e outras partículas não identificadas.  A conclusão vai mais longe:  qualquer ser vivo, seja homem, bicho ou plantas, têm também um corpo de plasma biológico.

          Isso significa que:  tudo aquilo quanto vive, não possui somente um corpo físico, isto é, essa vulgaridade de átomo e molécula que a gente vê, toca, badala e muitas vezes até espanca.  Há, como contrapartida um outro corpo invisível.

          Há uma teoria dos cientistas, principalmente na Rússia e Estados Unidos, de que há uma espécie de matriz que organiza os seres vivos.  O equilíbrio vital das nossas células, é mantido por essa matriz.  Já existem experiências que atestam essa teoria.  Exemplo:  um braço embrionário foi implantado em um animal em formação.  Mas, esse braço foi colocado no lugar da perna, e este não se desenvolveu como braço;  transformou-se em perna mesmo. 

          Isto quer dizer: há um campo organizado que impõe à matéria a sua programação, exatamente como um computador, de onde só sai o que colocamos lá dentro (na programação).  Assim, em lugar de perna vai perna, e em lugar de braço vai braço;  não tem erro. 

          Entram agora em questionamento outras dúvidas:  o sexto sentido, e da existência da alma.  Milhares de experiências foram feitas:  com plantas, com ovos, sangue e outras coisas mais.  O resultado, foi que efetivamente há uma forma de comunicação instantânea entre todos os seres vivos.  Mas nenhuma lei física conseguiu explicar. 

          Um outro parapsicólogo americano, de nome Backster Cleves, empregando eletrodos poligráficos, já registrou certas reações em plantas, ovos e verduras.  Exemplo: o ovo, denotou "inquietude" antes de ser quebrado.  A verdura também reagiu antes de ser posta na água fervendo, e uma determinada planta se "arrepiou" toda, quando entre vários estudantes, passou por ela, aquele que tinha lhe quebrado o galho (assistam o vídeo).  Moral da estória:  "os vegetarianos vão ter que parar de comer plantas vivas". 
Guilherme

          Quanto à questão da alma, será bom por enquanto não questionar esse assunto no campo teológico (esse será tema de um outro trabalho escrito em outra oportunidade).  Mas, falando ainda da câmera Kirlian, foi feito um experimento sofisticadíssimo, ou seja, fotografias sucessivas do "processo mortal". 

          Sim, os russos fizeram isso, e o resultado foi o seguinte:  enquanto o cadáver ia "pro beleléu", uma porção de pontinhos luminosos se afastavam;  perdiam-se no ar, em direção ao infinito, até que nenhuma luminosidade pairasse sobre o morto.  Para os soviéticos, a energia dessas... dessa luminescência, não é elétrica nem eletromagnética.  O que seria?  Nem eles sabem. 

          Muito bem, deixando as "calendas gregas" de lado, tenho lá minhas crenças;  não sou materialista.  Eu só sei que não sei, mas no sentido religioso, acredito que a outra parte do homem, retorna de fato para o lugar de onde veio.  Para mim, a verdade está muito além da matéria. 
Alma

CRÔNICAS KÖHN