Guilherme Köhn Junior |
Muitos escritores, cronistas, poetas, cineastas, muita gente enfim, já escreveu sobre a "Vida". Parece-me que esse assunto não tem fim. E eu, sou apenas mais um que gosta de escrever, e também vou falar (dissertar) sobre a vida. Não parece, mas é difícil escrever sobre um tema que muitos já o fizeram até a exaustão. Vou desabafar e repetir aquele bordão de um desenho animedo, Lippy & Hardy (Hanna Barbera), onde um personagem sempre dizia: "Oh vida, oh céus, oh azar..."
O azar eu dispenso, mas vou escrever contando com a força das palavras mágicas: "Oh vida! Oh céus!" Se necessário for, posso apenas enriquecer meu texto com alguma citação alheia, porém, dando o devido crédito ao autor. Vou escrever pouco, vou ser breve. O que posso escrever sobre a vida? Como é que a nossa vida se comporta?
Bem, eu penso que a vida é assim: a gente tem que fazer alguma coisa, a gente é que tem que se comportar diante da vida, ou seja, enfrentar desafios, trabalhar. Simples assim. Mas, às vezes, a vida é um contraste, isto é, nem sempre a gente pode fazer aquilo que gostaria, mas temos que gostar do que fazemos; foi assim que aconteceu comigo. Tive que aprender a gostar, do contrário, eu seria um fracasso. Não é tão difícil, é uma questão de adaptação. Nem sempre podemos realizar de acordo com a nossa vocação ou desejo.
Somente os artistas, cantores, músicos, etc., têm mais força ou chance neste sentido. Mesmo assim, vocação artística depende de inúmeros fatores, conforme o caso. O artista que não consegue alcançar o seu intento, o seu sonho, tem que se adaptar àquilo que estiver ao seu alcance. Afinal, dinheiro não cai do céu. Mas, se ele odiar a sua ocupação, será um péssimo labutador. Foi o que aconteceu com uma pessoa da minha família. Não preciso declinar o seu nome, mas vou contar como desenrolou-se essa história. Foi assim:
Era um homem trabalhador, profissional, e ganhava seu dinheiro com sua oficina onde ele se dedicava à confecção e reparo de pequenos utensílios e artefatos de metal. Mas, a sua verdadeira vocação estava para as artes. Era um verdadeiro artista. Na sua época (já faz um bom tempo), reuniu alguns amigos afins e criou um grupo de teatro amador. Encenou várias peças. Ele tinha uma caligrafia linda, e tinha também vocação para pintura. Os cenários das suas peças teatrais eram pintados por ele mesmo. Tinha também vocação para música, e chegou a participar (por pouco tempo), de uma banda musical. Tocava violão e violino.
Mas, esse homem talentoso era um artista frustrado, não gostava do seu trabalho, e, na sua época, não havia muitas oportunidades para o seu talento, e também não contava com apoio da família para esse ramo artístico. Depois, apaixonado por uma mulher, sofreu também uma traição amorosa, e essa mágoa sofrida fez com que ele nunca mais quisesse apaixonar-se novamente. Nunca mais se interessou por outra mulher. Ele mesmo confessava estar desgostoso da vida.
Por essas e outras mágoas, entregou-se à bebida e assim viveu entregue ao vício até morrer. Um talento fora de época e de oportunidades; assim foi a vida desse homem, cheio de frustrações enrustidas. Tentativas de afogar as mágoas na bebida, não resolvem. É preciso buscar outro caminho para libertar-se do peso desse sentimento.
Quando temos uma fé religiosa, uma espiritualidade ligada ao divino, é mais fácil viver a vida. Podemos buscar algum conforto nas Sagradas Escrituras, como por exemplo, no Evangelho de São Marcos, 7, 31-37 que conta a história de Jesus, cuja vida foi inteiramente dedicada aos que o seguiam. inclusive cegos, surdos e mudos, curados pela fé e a multidão reconhecia dizendo: "ele faz bem todas as coisas"...
Para finalizar, vou tomar emprestada uma frase supimpa de uma blogueira chamada Dona Geo: "Se a vida está aí, o melhor é viver a vida seja como for. Não que a vida seja assim, mas se assim é a minha vida, sendo minha, vivo-me". Realmente, A VIDA É ASSIM.
A VIDA É MESMO ASSIM - Claudia Barroso:
A vida é mesmo assim
Alguém tem que perder
Pra outro entrar no jogo
Perdoa meu amor
Se você descobriu
Que tudo foi um logro
Joguei um jogo franco
Amei você somente
E dei até meu pranto
Mas tudo teve fim
O amor findou pra vós
Como findou pra mim
Cheguei a conclusão
Que os homens são iguais
Juraste amor eterno
E não me queres mais
A tua falsidade
Foi mais uma lição
Que servirá de exemplo
Para o meu coração